sábado, 5 de setembro de 2015



Estou me sentindo como quem chega de uma viagem e tendo que dar continuidade ao que ficou deixado de lado por um instante. O mais difícil de tudo é ter que seguir adiante e mesmo que olhando para trás estar certo que não posso me esforçar em ter de volta o que vivi, por isso, a sensação é de ter estado em dois mundos distintos que não se cruzaram, não tiveram a chance de dialogar e experimentar contatos. É incrível como insisto em carregar bagagens para locais desnecessários e dentro de uma delas aquele sentimento de culpa que amordaça a possibilidade de agir livremente. Tento agir como se de agora em diante eu possa a me permitir a não errar mais, a não ser mais tão inconsequente mas às vezes tenho até medo das contingências da vida pois sei que diante das multiplicidades dos acontecimentos  posso estar distraído e os tombos são como sempre inevitáveis. O que eu poderia dizer para mim mesmo neste instante? Será que a necessidade de explicações não poderia ser deixada para depois? Quem sabe quando a certeza de que tudo acabou e assim, uma nova canção será composta com o tempo e possa ser entoada em meio a novas portas que se abrirão para oportunidades prósperas que em cada vivência serão maravilhosamente experimentadas. Ainda ei de me debater com os "fantasmas"que insistem em me atormentar mas será que ainda os encararei como realidades? Ou já está mais do que na hora de vê-los como teatralizações advindas das minhas mais infinitas imaginações?
O retorno nos dar sempre uma sensação de que devemos refletir o percurso, como sempre faço, estou planejando a próxima viagem,  traçando o próximo destino e a melhor maneira de trilhar.
"Vidas seguem sempre na tentativa de serem vividas e viver é uma experiência deslumbrante desde que possamos aproveitar cada instante."

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