Reli o livro tão envolvente, legal, triste porém encantador O Caçador de Pipas, conta a história de dois amigos inseparáveis do oriente médio. Não vou contar a história, mas vou contar dois trechos um que toda vez que leio o livro me identifico e um outro que me fascina:
"EU ME TORNEI O QUE SOU HOJE aos doze anos, em um dia nublado e gélido do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado. Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos da minha vida espiando aquele beco deserto."
Como Amir eu também me tornei o que hoje sou aos doze anos,também em um dia nublado e gélido de dezembro de 1991,o dia que eu perdi meu AMADO PAI,lembro do exato momento em que estava sentada na janela do quarto que ficava no quintal onde tinha o fogão a lenha que ele adorava cozinhar,e toda vez que lembro dessa cena vejo percebo que apesar dos 20 anos que se passou tem dia que ainda me vejo sentada naquela janela olhando para as jabuticabeiras.......
E assim como no livro a admiração de Amir sobre seu pai,também tenho a minha e apesar de ter aprendido muitas coisas com o meu acho que ele e o Pai de Amir compartilhariam do mesmo pensamento:
O Pai de Amir disse: "Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo. Quando você mata um homem, está roubando uma vida. Está roubando da esposa, o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça (...)".
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